36º Dia: Domingo, 05 de maio
O ESPÍRITO SANTO É (ÁGUA VIVA) ÁGUA-VIVA

Inspire-se: “No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: ‘Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de Água-Viva’ (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem n’Ele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7, 37-38)

Medite: Nesses próximos dias, vamos seguir o Catecismo da Igreja Católica que, em si, já nos traz uma boa explicitação sobre os símbolos do Espírito Santo. Começamos com a Água: “O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas ‘batizados em um só Espírito’ também ‘bebemos de um só Espírito’ (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a Água-Viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que, em nós, jorra em Vida Eterna.

O Apocalipse de São João, lido na liturgia da Igreja, revela-nos primeiramente ‘um trono no céu e, no trono, alguém sentado’: ‘o Senhor Deus’ (Is 6,1). Em seguida, o Cordeiro, ‘imolado e de pé’ (Ap 5,6): Cristo crucificado e ressuscitado, o único sumo sacerdote do verdadeiro santuário, o mesmo ‘que oferece e é oferecido, que dá e que é dado’. Finalmente, ‘o rio de água da vida (…) que saía do trono de Deus e do Cordeiro’ (Ap 22,1), um dos mais belos símbolos do Espírito Santo. O Espírito Santo é ‘a Água-Viva’ que, no coração orante, ‘jorra para a Vida eterna’. É Ele que nos ensina a haurir essa água na própria fonte: Cristo. Ora, existem na vida cristã fontes em que Cristo nos espera para nos dessedentar com o Espírito Santo.” (CIC. 694; 1137; 2652).

Ore hoje com um copo com água. Ao final das jaculatórias beba dessa água. Que o Espírito Santo use desse sacramental para comunicar vida, renovação e saúde a você.

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Vem Espírito Santo, vem fonte de Água-Viva.
  • Segunda Dezena: Sacia a minha sede, lava o meu interior.
  • Terceira Dezena: Eu quero fluir em tuas águas, eu quero beber das tuas fontes.
  • Quarta Dezena: Tu és Fonte, Tu és o Rio, Tu és a própria Água-Viva.
  • Quinta Dezena: Querida Mãezinha, intercede por mim e pelos meus.

Guarde: O Espírito Santo é a Água-Viva que, no coração orante, jorra para a Vida eterna.


37º Dia: Segunda, 06 de maio
O ESPÍRITO SANTO É FOGO, ENERGIA TRANSFORMADORA

Inspire-se: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reu­nidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.” (At 2, 1-3)

Medite: Praticamente em todos os povos e culturas o fogo sempre esteve associado às forças espirituais. Na Bíblia não é diferente, até porque o ser humano é o mesmo em todas as culturas e religiões e alguns símbolos são arquetípicos, ou seja, fazem parte do inconsciente coletivo. Deus ao se revelar, certamente se manifesta através de sinais identificáveis pelo ser humano.

Dito isto, vamos ao Catecismo da Igreja Católica ao falar do fogo como símbolo do Espírito Santo: “Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que ‘surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha’ (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que ‘caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias’ (Lc 1,17), anuncia o Cristo como Aquele  que ‘batizará com o Espírito Santo e com o fogo’ (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá ‘Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse aceso’ (Lc 12,49). É sob a forma de línguas, ‘que se diriam de fogo’, que o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo: ‘não extingais o Espírito’ (1Ts 5,19).” (CIC. 696).

Fogo que purifica, que ilumina, que queima, que aquece, que é poder… De que forma o Espírito Santo precisa vir, como fogo, sobre você? É uma das expressões que a gente costuma mais cantar, mas será que só fica na letra das músicas ou se torna um clamor interior e que a gente, de fato, aceita quando se manifesta?

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Espírito Santo, que desces como fogo, vem como em Pentecostes.
  • Segunda Dezena: Com teu fogo, purifica meu ser, Espírito Santo.
  • Terceira Dezena: Com teu fogo, iluminas as noites escuras de minha alma, Espírito Santo.
  • Quarta Dezena: Dá-me o teu fogo, Espírito Santo, para que eu anuncie com poder o nome de Jesus.
  • Quinta Dezena: Mãe Santíssima, plena do Espírito Santo, intercede por mim.

Guarde: Quem busca o fogo do Espírito Santo como poder, deve aceitá-lo como purificação.


38º Dia: Terça, 07 de maio
O ESPÍRITO SANTO, NUVEM E LUZ

Inspire-se: “Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. (Mc 9, 7)

Medite: Para um povo que vivia numa região desértica com níveis pluviométricos tão baixos, ter uma nuvem no céu significava sombra ou as chuvas tão esperadas. Quantos de nós reclamam das chuvas… E quando essa nuvem é luminosa? Torna-se sombra e proteção, ou seja, é sempre bênção. Nuvem e Luz são bênçãos não apenas como símbolos do Espírito Santo, mas também na nossa experiência diária. É preciso ter olhos para ver os sinais de Deus na natureza e a ação sutil do Espírito Santo descrita nesses sinais.

Vamos deixar que a Igreja nos instrua: “Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória; com Moisés sobre a montanha do Sinai, na Tenda de Reunião e durante a caminhada no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do Templo. Ora, estas figuras são cumpridas por Cristo, no Espírito Santo. É este que paira sobre a Virgem Maria e a cobre ‘com sua sombra’, para que ela conceba e dê à luz Jesus. No monte da Transfiguração, é Ele que ‘sobrevém na nuvem que toma’ Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João ‘debaixo de sua sombra’; da Nuvem sai uma voz que diz: ‘Este é meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre’ (Lc 9,34-35). É finalmente essa Nuvem que ‘subtrai Jesus aos olhos’ dos discípulos no dia da Ascensão e que o revelará Filho do Homem em sua glória no Dia de sua Vinda.

Por um instante, Jesus mostra sua glória divina, confirmando, assim, a confissão de Pedro. Mostra também que, para ‘entrar em sua glória’ (Lc 24,26), deve passar pela Cruz em Jerusalém. Moisés e Elias haviam visto a glória de Deus sobre a Montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias. A Paixão de Jesus é sem dúvida a vontade do Pai: o Filho age como servo de Deus. A nuvem indica a presença do Espírito Santo: ‘Tota Trinitas apparuit: Pater in voce; Filius in homine, Spiritus in nube clara’ – A Trindade inteira apareceu: o Pai, na voz; o Filho, no homem; o Espírito, na nuvem clara: Vós vos transfigurastes na montanha e, porquanto eram capazes, vossos discípulos contemplaram vossa Glória, Cristo Deus, para que, quando vos vissem crucificado, compreendessem que vossa Paixão era voluntária e anunciassem ao mundo que vós sois verdadeiramente a irradiação do Pai.” (CIC. 697; 555)

Use sua imaginação para rezar. Lembre-se de algumas tantas nuvens que você já divisou no céu. Nuvens carregadas de chuva e nuvens atravessadas pela luz do sol. Assim é a ação do Espírito em sua vida.

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Espírito Santo, envolve-me com tua nuvem de glória.
  • Segunda Dezena: Como nuvem, faz chover em mim todas as graças que preciso.
  • Terceira Dezena: Quando as nuvens estiverem escuras na minha vida, transforma-as em chuva de bênçãos.
  • Quarta Dezena: Sejas bendito pela luz que fazes chegar até mim, agora.
  • Quinta Dezena: Mãe, tu que foste envolvida pela sombra do Altíssimo, protege-me.

Guarde: Quando o Espírito Santo está presente, toda nuvem, escura ou luminosa, é graça!


39º Dia: Quarta, 08 de maio
O ESPÍRITO SANTO, MÃO QUE TRANSMITE PODER

Inspire-se: “Ao cair da tarde, o povo trouxe à presença de Jesus todos os que tinham diversos tipos de doenças e Ele os curou, impondo suas mãos sobre cada um deles” (Lc 4, 40). “E, por isso, não podia realizar ali nenhum milagre, com exceção feita a alguns doentes, que ao impor de suas mãos foram curados” (Mc 6, 5). “Mais uma vez, Jesus colocou suas mãos sobre os olhos do homem. E, no mesmo instante, tendo sido completamente restaurado, via com clareza, e podia discernir todas as coisas” (Mc 8, 25).

Medite: Ao meditarmos sobre o Espírito Santo como a “Mão” de Jesus que atuava curando, libertando, abençoando, transmitindo poder, faço uma pequena comparação com o Corpo humano: o Pai seria o cérebro (a mente) que realiza Sua Santa e Divina Vontade; o Filho é o coração, na sua ternura, sentimento, acolhida, amor; o Espírito Santo é a mão, ao agir, abençoar, levantar, trabalhar. Assim como em nós – cérebro, coração e mãos – fazem parte de um mesmo Corpo, assim são as Três Pessoas da Santíssima Trindade, Pai e Filho e Espírito.

Mas hoje estamos meditando sobre o Espírito Santo como “Mão”:  “É impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome d’Ele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus inclui a imposição das mãos entre os ‘artigos fundamentais’ de seu ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo em suas epicleses sacramentais. (CIC. 699).

Pode ser que esse termo “epiclese” lhe seja desconhecido. Vamos, pois, consultar um Dicionário de Liturgia: “Epiclese é a invocação que se eleva a Deus para que envie o seu Espírito Santo e transforme as coisas ou as pessoas. Vem do grego, epi-kaleo (chamar sobre); em latim, in-vocare. Na Oração Eucarística da Missa há duas epicleses:
a) a que o sacerdote pronuncia sobre os dons do pão e do vinho, com as mãos estendidas sobre eles para que se transformem no Corpo e no Sangue de Cristo; b) a que o sacerdote, na mesma Oração Eucarística, depois do memorial e da oferenda, pede a Deus que de novo envie o seu Espírito, desta vez sobre a comunidade que vai participar da Eucaristia, para que também ela se transforme, ou se vá construindo na unidade.”
Como foi dito no início desse texto trazido de um Dicionário de Liturgia, a Epiclese acontece não só na Eucaristia, mas também em outros sacramentos como na bênção da Água Batismal, na Unção dos Enfermos, no Matrimônio, na Crisma e na Ordem.

Ore hoje, fazendo uma autoimposição de mãos em sua cabeça, invocando, simbolicamente, o Espírito Santo sobre você, como foi feito no dia de seu Batismo e na sua Crisma. Aliás, você já foi crismado?

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Espírito Santo, vem com poder renovar tua autoridade em meu ser.
  • Segunda Dezena: Toca minha mente, meus pensamentos, minha vontade.
  • Terceira Dezena: Toca meu corpo e revitaliza minha saúde.
  • Quarta Dezena: Vem ser o abraço do Pai e o Coração de Jesus me acolhendo, me perdoando.
  • Quinta Dezena: Mãe, olho para tuas mãos e nelas comtemplo o cuidado de Deus. Muito obrigado.

Guarde: Que minhas mãos sejam sempre instrumento de vida para quem eu encontrar!


40º Dia: Quinta, 09 de maio
O ESPÍRITO SANTO, POMBA QUE ANUNCIA

Inspire-se: “Da Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por Ele. João recusava-se: ‘Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!’ Mas Jesus lhe respondeu: ‘Deixa por agora, pois convém que cumpramos a justiça completa’. Então, João cedeu. Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre Ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: ‘Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição’”. (Mt 3, 13-17)

Medite: A pomba é o símbolo mais conhecido e divulgado do Espírito Santo. Ela sugere leveza e beleza, que são características bem próprias do Espírito Santo, mas o símbolo parece ter se esvaziado para muitos. A noção do Espírito Santo como uma Pessoa Divina, assim como o Pai e o Filho, fica meio difusa no imaginário de alguns cristãos menos íntimos da Palavra. De “Pomba”, o Espírito Santo tornou-se uma “pombinha branca”. Se assim é para a pessoa, de alguma forma, a perspectiva de um relacionamento com a Pessoa do Espírito fica menos real e mais distante. Mas, é claro, que não é esse o objetivo e o sentido desse símbolo evocado pelas Escrituras.

Vejamos, então, o Catecismo da Igreja Católica:  “A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo por João no rio Jordão. João Batista proclamava ‘um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados’ (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vem fazer-se batizar por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste. E Ele recebe o Batismo. Então o Espírito Santo, sob forma de pomba, vem sobre Jesus, e a voz do céu proclama: ‘Este é o meu Filho bem-amado’ (Mt 3,13-17). É a manifestação (Epifania) de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus. No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao Batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu Batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva Eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã. (CIC 535; 701).

Como você simboliza interiormente o Espírito Santo, se é que o simboliza? Você realmente tem um relacionamento pessoal com o Espírito Santo, como tem com o Pai e com Jesus?

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Espírito Santo, Mensageiro do Renascimento, fazei-me renascer.
  • Segunda Dezena: Pousai sobre meu Ser e fazei-me repousar em teu Viver.
  • Terceira Dezena: Infundi em mim uma profunda intimidade com Jesus e com o Pai.
  • Quarta Dezena: Testemunha ao meu coração de que sou, em Jesus, filho muito amado do Pai.
  • Quinta Dezena: Mãe de Jesus e minha, sede sempre minha companhia.

Guarde: O Espírito Santo é sempre emissário da Paz e nos confirma como filhos amados do Pai.


41º Dia: Sexta, 10 de maio
O ESPÍRITO SANTO, SELO PARA A VIDA ETERNA

Inspire-se: “N’Ele, igualmente vós, tendo ouvido a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, e n’Ele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da Promessa.” (Ef 1, 13)

Medite: Já meditamos anteriormente sobre o selo do Espírito Santo, mas aqui trago novamente o tema, ampliando com a citação do Catecismo para dar unidade aos símbolos todos que são aplicados ao Espírito Santo. Esse é um dos mais fortes símbolos que marca a alma do crente e é penhor da vitória final sobre todas as tribulações.

Recorramos, pois ao Catecismo da Igreja Católica: “O selo é um símbolo próximo ao da unção. Com efeito, é Cristo que ‘Deus marcou com seu selo’ (Jo 6,27) e é n’Ele que também o Pai nos marca com seu selo. Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo (sphragis) tem sido utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o ‘caráter’ indelével impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados. Por esta unção, o confirmando recebe ‘a marca’, o selo do Espírito Santo. O selo é o símbolo da pessoa, sinal de sua autoridade, de sua propriedade sobre um objeto – assim, os soldados eram marcados com o selo de seu chefe, e os escravos, com o de seu proprietário; o selo autentica um ato jurídico ou um documento e o torna eventualmente secreto. Cristo mesmo se declara marcado com o selo de seu Pai. Também o cristão está marcado por um selo: ‘Aquele que nos fortalece convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus, o qual nos marcou com um selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito’ (2Cor 1,21-22; Cf Ef 1,13; 4,30). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, o colocar-se a seu serviço, para sempre, mas também a promessa da proteção divina na grande provação escatológica.” (CIC. 698; 1295; 1296).

Tome posse dessa realidade espiritual que foi comunicada a você! Não é motivo de orgulho, mas de profunda gratidão ao Pai que fez essa obra em sua vida.

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Espírito Santo, selo divino de todo o meu Ser.
  • Segunda Dezena: Pelo meu Batismo, eu pertenço a Vós, Deus Uno e Trino.
  • Terceira Dezena: Coloco-me com o que sou e tenho ao vosso serviço.
  • Quarta Dezena: Espírito Santo, fortalecei-me nas minhas provações diárias e na grande provação.
  • Quinta Dezena: Vós sois o penhor de minha salvação eterna. Que eu corresponda a ele.

Guarde: Pelo Batismo fomos selados pelo Espírito Santo e a Ele pertencemos!


42º Dia: Sábado, 11 de maio
O ESPÍRITO SANTO, AQUELE QUE UNGE

Inspire-se: “Quanto a vós, a Unção que d’Ele recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua Unção vos ensina todas as coisas, assim é ela verdadeira e não mentira. Permanecei n’Ele, como ela vos ensinou.” (1João 2, 27)

Medite: Algumas culturas agrícolas marcaram o povo de Israel e se tornaram símbolos desse próprio povo e da ação de Deus em meio aos homens, como por exemplo, as videiras, os trigais e os olivais. Um desses cultivos é exatamente o azeite extraído das oliveiras que, além de alimento, era também remédio e tornou-se símbolo de consagração a Deus.

O Catecismo da Igreja aponta essa perspectiva histórica nas Escrituras, convergindo para a vinda do Ungido (Messias) de Deus, Jesus. É d’Ele também que brota nossa unção. Na verdade, participamos de sua Unção, ou seja, do Espírito Santo.

O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinônimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama ‘Crismação’. Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus.

Cristo (Messias, em hebraico) significa ‘ungido’ pelo Espírito de Deus. Houve ‘ungidos’ do Senhor na Antiga Aliança, sobretudo o rei Davi. Mas Jesus é o Ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente ‘ungida pelo Espírito Santo’. Jesus é constituído ‘Cristo’ pelo Espírito Santo. A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo Anjo O anuncia como Cristo, quando do seu nascimento, e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor. É Ele que enche Cristo e cujo poder emana de Cristo nos seus atos de cura e salvamento. Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos. Então, plenamente constituído ‘Cristo’ na sua humanidade vencedora da morte, Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que ‘os santos’ constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o ‘homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo’ (Ef 4, 13), ‘o Cristo total’, para empregar a expressão de Santo Agostinho. (CIC. 695)

A Unção do Espírito em nossa vida é, pois, como diz o Catecismo, para que nos tornemos adultos na fé, ou seja, vivendo a maturidade do Discipulado. Peça a renovação dessa Divina Unção na sua vida. Que o Espírito Santo nos faça crescer e amadurecer.

Ore: Reze com seu Terço, sempre iniciando com a renovação da sua fé (O CREDO) e 1 Pai-Nosso e 3 Ave-Marias. A seguir, reze as jaculatórias a cada dezena.

  • Primeira Dezena: Vinde, Espírito Santo. Vinde Unção do Alto.
  • Segunda Dezena: Renovai em mim a Unção Batismal que recebi.
  • Terceira Dezena: Fazei, Espírito Santo, que eu cresça à estatura da maturidade de Cristo.
  • Quarta Dezena: Derramai unção de cura sobre minhas feridas.
  • Quinta Dezena: Ungi-me para que eu seja presença de Jesus por onde eu passar.

Guarde: O Espírito Santo nos unge para que amadureçamos como discípulos de Cristo.


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