13º Dia: 26 de fevereiro, segunda-feira 

ORAÇÃO E ADORAÇÃO EUCARÍSTICA 

“Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20). 

Reflita: Que maravilhosa promessa nos fez o Senhor: nenhum dia, nenhuma circunstância, nenhuma situação ficaria fora da Sua amorosa presença. De fato, é Ele o Emanuel: tornou-se um de nós, viveu a nossa vida, participou de nossas alegrias, sofreu as nossas dores, morreu a nossa morte e, ressuscitando, uniu nossa humana condição à eternidade. Por fim, enviou-nos o Espírito Santo para ficar conosco, como Consolador, como Companheiro em todas as nossas necessidades. Mas ainda não bastava ao Amor ter-nos tanto amado: quis de uma forma muito concreta, muito próxima, permanecer entre nós de uma forma quase que palpável, visível nos sinais, invisível no mistério. 

“É de suma conveniência que Cristo tenha querido ficar presente à sua Igreja deste modo único. Uma vez que estava para deixar os seus sob forma visível, Cristo quis dar-nos a sua presença sacramental; e visto que ia sofrer na cruz para nos salvar, quis que tivéssemos o memorial do amor com que nos amou «até ao fim» (Jo 13, 1), até ao dom da própria vida. Com efeito, na sua presença eucarística, Ele fica misteriosamente no meio de nós, como Aquele que nos amou e Se entregou por nós, e permanece sob os sinais que exprimem e comunicam este amor: ‘A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera-nos neste sacramento do amor. Não regateemos o tempo para estar com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e disposta a reparar as faltas graves e os pecados do mundo. Que a nossa adoração não cesse jamais’ (São João Paulo II). 

Diante dos problemas, dos pecados, das incertezas, digo a você: não corra, recorra! E, se for para correr, que seja em direção ao Senhor. Vá, pois, ao Sacrário. Não é necessário que se fale muito. Haverá dias em que você terá muito a falar, outros haverá em que você estará tomado pela aridez. Não importa; permaneça junto d’Ele. É como quando nos colocamos ao sol: ninguém que se exponha ao sol fica sem receber os efeitos de seus raios. Se você se expuser diante do Senhor, Ele deixará impregnado em você os sinais de sua presença. Que sejam alguns minutos, mas não deixe de fazer sua visita ao Santíssimo Sacramento.  

Medite com Santo Afonso: “Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade.” 

Reze: “Adoro-te com devoção, ó Deus que te escondes, que sob estas figuras de verdade te ocultas: a ti meu coração se submete inteiramente porque, ao contemplar-te, desfalece por completo. Visão, tato e paladar em ti falham, apenas ouvindo se crê com segurança: creio em tudo o que disse o Filho de Deus. Nada mais verdadeiro que esta palavra da Verdade!” 


14º Dia: 27 de fevereiro, terça-feira 

ORAR: ENTRA NO TEU QUARTO 

“Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará.” (Mt 6, 6) 

Reflita: Há horas em que se deve abrir a porta e outras em que ela precisa ser fechada. Mas espere: primeiro, coloque-se a caminho do seu quarto. Cuide para que você não fique trancado do lado de fora, perdido nas distrações, nas preocupações, nas ilusões. E, lá dentro – com a porta fechada e você do lado de fora – a poeira, o mofo e uma série de parasitas infestando sua casa. Vá, e se você encontrar a porta fechada, procure ajuda para entrar, ainda que sinta-se receoso. A chave não está perdida. Você a possui. Pode até não saber onde ela está e como abrir, mas ela está aí com você. Tendo a chave na mão, abra – abra-se, abrace-se – e entre. Não fique prestando atenção no possível estado em que se encontra o seu interior. Aos poucos você irá arrumando, organizando, purificando. O importante é que você entrou. 

Agora, feche a porta. Deixe do lado de fora as tantas vozes que reivindicam sua atenção. Certamente, você continuará a ouvir o eco – por vezes barulho alto – do que vem de fora, como quando passam aqueles carros com som estrondeante ou até mais prolongados como as festas que viram a noite na vizinhança. No entanto, isso está lá fora e você está dentro agora. Fale disso tudo ao Pai. Ainda que se distraia. O Pai vê o seu lugar oculto e o vê amando. Ele não se importa com o estado em que se encontra sua casa; apenas que você esteja dentro dela e que O tenha convidado para ali estar.  

Aos poucos o silêncio chegará. Aos poucos as coisas irão se ajeitando. E você se lembra que o Mestre prometeu que o Espírito Santo estaria junto de você para ajudá-lo a se organizar? Pois é, antes até de organizar, o Espírito já está amorizando. E o amor não julga; acolhe! 

A recompensa certamente virá. Não se preocupe com ela. É inerente. Ela surgirá. Só faça o movimento.    

Medite com Santo Afonso: “Às vezes, pedimos e parece que Deus não quer ouvir-nos, mas não deixemos, então de pedir e esperar. Digamos, então, como Jó: ‘Mesmo que Deus me tirasse a vida, eu esperaria nele’ (Jó 13, 15). Meu Deus, ainda que me expulsásseis de vossa presença, não deixaria de pedir-vos e de esperar em vossa misericórdia. Façamos assim e obteremos de Nosso Senhor tudo o que quisermos.” 

Reze: Recolho-me em meu interior. Toma parte, Senhor, da forma como me encontro. Quero apenas estar na tua presença. Dá-me a graça do silêncio interior. Amém. 


15º Dia: 28 de fevereiro, quarta-feira 

ORAÇÃO E SILÊNCIO 

“Conserva-te em silêncio diante de Deus e espera  n’Ele” (Sl 36,7) 

Reflita: Não é fácil silenciar, mas o silêncio nunca irá acontecer se você não parar e tentar. Silenciar os pensamentos certamente é difícil, mas você sempre poderá silenciar os lábios, o corpo, concentrar os sentidos, fazer uma pausa para ficar com você. Não é incomum que as pessoas fujam do silêncio, pois alguns fantasmas mentais se manifestam através de lembranças, inseguranças, ansiedade, tristezas… Então, nos cercamos de imagens, de sons para não ter que lidar com o aparente caos da mente.  

Mas o ordenamento interior não irá acontecer se você não se permitir confrontar com o caos da mente. Lembre-se que até mesmo nesse aparente caos há uma ordem, ou melhor, há a doce presença do “Ordenador” em você, apenas esperando que você deixe que Ele trabalhe em você.  

Veja o que nos diz o Papa Francisco: “As novidades contínuas dos meios tecnológicos, o fascínio de viajar, as inúmeras ofertas de consumo, às vezes, não deixam espaços vazios onde ressoe a voz de Deus. Tudo se enche de palavras, prazeres epidérmicos e rumores a uma velocidade cada vez maior; aqui não reina a alegria, mas a insatisfação de quem não sabe para que vive. Então, como não reconhecer que precisamos de deter esta corrida febril para recuperar um espaço pessoal, às vezes doloroso mas sempre fecundo, onde se realize o diálogo sincero com Deus?” Isso se faz no silêncio.  

Para alguns será mais natural, para outros com esforço e até muito esforço. Mas não há outro caminho. Se não houver silêncio, é como se tivéssemos uma casa com muitos recursos e nos contentássemos a dormir fora, no quintal, até como mendigos.  

E ainda destacando outra reflexão do Papa Francisco: “A profundidade do coração cresce com o silêncio, silêncio que não é mutismo, mas que deixa espaço para a sabedoria, a reflexão e o Espírito Santo. Não tenhamos medo dos momentos de silêncio, não tenhamos medo! Isso nos fará muito bem”. Sem silêncio nossa própria palavra se esvazia.  “Se não se é capaz de calar, é difícil que se tenha algo de bom a dizer; quanto mais atento é o silêncio, mais forte é a palavra”, concluo, ainda citando o Papa Francisco.  

Quer, pois, mergulhar na intimidade com Deus e ganhar em densidade na sua comunicação? Faça a experiência do silêncio! 

Medite com Santo Afonso: “Oh! Como é agradável a Nosso Senhor a nossa esperança no tempo de tribulações, temores e tentações, quando esperamos contra a esperança, quer dizer, contra aquele sentimento de desconfiança causado por nossa desolação.” 

Reze: “Jesus, que silencioso escutaste e viveste a Vontade do Pai; ensina-nos a silenciar e a vivenciar a Divina Vontade em nossas vidas. ESPÍRITO SANTO concede-nos a serenidade, a simplicidade, a humildade e o silêncio do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria. Amém.” 


16º Dia: 29 de fevereiro, quinta-feira 

ORAÇÃO E EXPRESSÃO CORPORAL 

“Davi, cingido apenas com um efod de linho, dançava com todas as suas forças diante do Senhor. Davi e toda a casa de Israel conduziram a arca  do Senhor, soltando gritos de júbilo e tocando trombetas.” (2Sm 6, 14) 

Reflita: Há um conhecido e esclarecedor livro chamado “O Corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal”, de Pierre Weil e Roland Tompakov. Sim, o corpo que fala é também o corpo que reza. Particularmente, alguns gestos ajudam-me muito a rezar, como acender uma vela, uma vareta de incenso e também a postura de meu corpo. Gosto de sentar-me ao chão, por vezes na conhecida posição de “meio lótus” ou com as pernas flexionadas sob o corpo. Em alguns momentos, toco o chão com a cabeça ou abro as mãos sobre as pernas. Procuro expressar com o corpo a reverência interior. Mas gosto das expressões mais soltas para louvar, como dançar. Esporadicamente coloco uma música de louvor e danço. Da mesma forma, na liturgia ou em momentos de oração em assembleia.  

A Bíblia traz exemplos de oração de joelhos, prostração, andando, deitado, de pé, de braços erguidos. Mas o símbolo mais universal de oração são as mãos postas. Quando você “treina” esse gesto, aliando-o à respiração, só o fato de você unir as mãos já o levará a uma conexão interior, facilitando sua interiorização. Funciona como se fosse uma chave que abre a porta da disposição pessoal ao encontro com Deus. Ele representa a união dos sentidos físicos com os sentidos internos, ou seja a visão, audição, tato, paladar e olfato com os sentidos sutis: emoção, pensamento, memória, liberdade e consciência.  

Será que aquele que ora em silêncio, numa postura de meditação, com as mãos abertas ou postas, reza melhor ou mais dignamente do que aquele que reza com dança, mesmo na liturgia da Missa? Não é muito mais uma expressão cultural ou de grupos do que uma regra fixa? Por que uma forma seria mais sagrada que outra?  

Saiba que seu corpo também reza. Procure tomar consciência do seu corpo como templo do Espírito Santo e expresse sua atitude interior em gestos que o ajudem a orar.  

Medite com Santo Afonso: “Persuadamo-nos de que se não rezarmos, não temos desculpas, porquanto a graça de rezar é dada a todos e depende de nós rezarmos sempre que quisermos, como dizia Davi.” 

Reze: Quero te adorar, Pai, com tudo o que tenho e sou. Pelo corpo que me deste eu te louvo. Pelo princípio de vida que o anima, eu te bendigo. Muito obrigado. Amém. 


17º Dia: 1º de março, sexta-feira 

ORAÇÃO, DIÁLOGO E ESCUTA 

“Escute, Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6,4-5). 

Reflita: Escutar… Mais de mil vezes esse verbo – em hebraico shemá – aparece no Antigo Testamento. No Novo Testamento, na acepção de “escutar, compreender” são cerca de quatrocentas vezes. Toda a fé judaico-cristã baseia-se na escuta, pois nasce da experiência de um Deus que se revela e que, para ser acolhido, precisa ser escutado. A escuta implica obediência. Aliás, obediência, na sua etimologia significa colocar-se à escuta, escutar com atenção (ob-audire).  

Não existe escuta verdadeira sem uma postura profunda de diálogo, que, por sua vez, vem do grego dia-logos, ou seja, “a palavra que atravessa, que vai através de”. Se eu quero, pois, que minha palavra, meu horizonte de sentido, atravesse o Ser de Deus, é preciso que eu deixe a Palavra d’Ele passar pelo meu interior, ou seja, pelo meu coração.  

Portanto, não se concebe uma oração que seja só “falação ao ouvido de Deus”, onde a pessoa fala, fala e depois vai embora, sem ouvir a si mesma e, muito menos a Deus. Pergunte-se, sinceramente: o que de fato eu quero e preciso falar com Deus? Será que Ele tem algo a falar também a mim? Estou aberto a escutar? Dou tempo para que Ele fale?  

E há um quesito fundamental para se dispor à escuta de si, do outro e de Deus: o silêncio, como já refletimos. “Este silêncio não é uma forma de isolamento, pois devemos lembrar-nos que o discernimento orante exige partir da predisposição para escutar: o Senhor, os outros, a própria realidade que não cessa de nos interpelar de novas maneiras. Somente quem está disposto a escutar é que tem a liberdade de renunciar ao seu ponto de vista parcial e insuficiente (…). Desta forma, está realmente disponível para acolher uma chamada que quebra as suas seguranças, mas leva-o a uma vida melhor, porque não é suficiente que tudo corra bem, que tudo esteja tranquilo. Pode acontecer que Deus nos esteja a oferecer algo mais e, na nossa cômoda distração, não o reconheçamos” (Papa Francisco, Exortação Apostólica Christus Vivit, aos jovens e a todo Povo de Deus). 

A escuta de Deus se faz, sobretudo, pela Palavra, presente nas Sagradas Escrituras e na Liturgia. Você precisa ouvir algo que venha de Deus para alguma situação que esteja passando? Participe da Santa Missa. Ouça a Palavra e a Homilia com atenção. Certamente algo tocará seu coração. Seja receptivo. É Deus que está em diálogo com você. Você ouve. Pode, agora, responder em oração ao que Ele lhe falou. 

Medite com Santo Afonso: “A oração é necessária, diz Santo Tomás, não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, para receber oportunamente os socorros da salvação. Assim reconhecemos Deus como único Autor de todos os bens, a fim de que (são palavras do Santo) nós conheçamos que necessitamos recorrer ao auxílio divino e reconheçamos que Ele é o Autor dos nossos bens. Assim como o Senhor quis que, para sermos providos do pão e do vinho, semeássemos a vinha, assim quis que recebêssemos as graças necessárias para nos salvar por meio da oração: ‘Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis’ (Mt 7, 7)”. 

Reze: Fala ao meu coração, Senhor. Eu quero ouvir tua doce voz. Sei que, só ao ecoar da tua voz, meu coração já se aquietará. Fala, teu servo, escuta! Amém. 


18º Dia: 02 de março, sábado 

ORAÇÃO E PERDÃO 

“Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.” (Mt 6, 9-15) 

Reflita: A relação íntima entre oração e perdão já foi estabelecida pelo Senhor, logo no início de seu ministério, na versão do Evangelho segundo Mateus. Em São Lucas, assim está: “Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos’” (Lc 11, 1). A sequência é a oração do Pai-Nosso. Em Lucas, não há a referência direta, nesse texto, sobre a necessidade do perdão, o que irá aparecer explicitamente mais à frente (Lc 17, 3-4). Em Mateus, logo após Jesus falar sobre o perdão e a correção fraterna (Mt 18, 15-18), discorre sobre o fruto da oração em comum: “Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18, 19-20). Como haverá essa comunhão se houver algum obstáculo relacional? O perdão, como expressão do amor, é que possibilita a comunhão existir.   

Há uma canção muito simples e significativa que a gente cantava nos Grupos de Oração lá pela década de oitenta e noventa que dizia assim: “A melhor oração é amar. Se não sabes amar, tu não deves orar. A melhor oração é amar.” Essa forma de cantar me incomodava, até que ouvi uma outra versão que dizia o contrário: “Se não sabes amar, tu deves orar!…” A letra sequencial da música vai na direção da necessidade de orar para poder amar e, consequentemente, perdoar.  

Uma senhora, certa vez, veio me procurar, dizendo que não conseguia perdoar o ex-marido. Ela estava sendo consumida por uma depressão que a enfraquecia, inclusive fisicamente. Ao continuar sua partilha, algo me surpreendeu ainda mais: o marido dela já havia falecido há alguns anos e mesmo assim ela continuava profundamente ressentida. Disse ainda que guardava um documento que poderia acabar com uma pessoa que havia se relacionado com ele e que era um trunfo pronto para ser usado a qualquer momento. 

Falei, então, para ela: – Olha, a senhora vai fazer o seguinte: toda vez que rezar o Pai-Nosso, quando chegar a parte que diz “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido”, a senhora vai dizer “como eu perdoo o fulano”. Ela achou que seria impossível, mas colocou-se no desafio. Alguns meses depois, ela me procurou novamente. Só de olhar para ela, eu percebi que algo havia mudado nela: estava mais jovial – até nas roupas que trajava – mais altiva e alegre. Ela havia conseguido deixar aquelas memórias para trás e queimado o tal documento. Estava livre para viver o presente sem ficar presa à experiência traumática.  

A falta de perdão amarra a pessoa ao seu passado doloroso. Ela prolonga no presente toda dor de algo que aconteceu. É como se a vida parasse no fato ou na situação ocorrida, seja há vinte anos ou alguns meses ou dias.  

Reze! A oração irá potenciar sua capacidade de perdoar e seguir com sua vida mais leve e mais feliz! Perdoe, peça perdão, perdoe-se! 

Medite com Santo Afonso: “Que faz a oração? Ouçamos São Lourenço Justiniano: ‘A oração aplaca a ira de Deus, porquanto Deus perdoa logo a quem com humildade lhe pede, concede todas as graças pedidas, vence todas as forças do inimigo; em resumo, transforma os cegos em iluminados, os fracos em fortes, os pecadores em santos”. 

Reze: Pai, eu te peço perdão. Peço liberdade interior para perdoar a quem me ofendeu. Perdoo a mim mesmo, na força do teu perdão. Venha em meu auxílio a tua graça. Amém. 

=== Clique em um dos números abaixo para ter acesso a mais conteúdo ===

1
2
3
4
5
6
7
8
Artigo anterior2024: Ano da Oração
Próximo artigoNo cenáculo – 2024
Padre Sérgio Luiz e Silva
Natural de Juiz de Fora, formado em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora e em Teologia pelo ISI (Instituto Santo Inácio) de Belo Horizonte. Padre, membro da Congregação Redentorista. Tendo atuado como missionário na região de Montes Claros, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Juiz de Fora. Atualmente, é pároco na Paróquia Santo Afonso, no bairro Tijuca, no Rio de Janeiro. Radialista, já atuou nas Rádios Carioca e Catedral (Rio de Janeiro), América (Belo Horizonte), Catedral (Juiz de Fora). Atualmente, apresenta programas nas Rádios Catedral do Rio de Janeiro e Juiz de Fora. É autor de seis livros e diversas publicações.